Recentemente foi anunciada pelo Governo do Estado, a demissão de cerca de 1,700 funcionários terceirizados, o que causou o maior “RTT” nas escolas estaduais de muitas cidades do interior da Bahia. Na cidade de Maracás, por exemplo, estudantes de duas escolas, Edivaldo Boa Ventura e Edilson Freire, saíram às ruas em protesto contra essa triste atitude do governo, pois se o ensino já não está lá essas coisas, devido às inúmeras carências em todo estado, com as demissões destes trabalhadores a situação ficou ainda pior. Mesmo com parte dos trabalhadores ter continuado trabalhando, na esperança de o governo voltar atrás e readmiti-los, como assim foram informados, a situação ficou caótica. Ao perceberem que estavam sendo “ludibriados” como disse outra estudante, os vigilantes resolveram sair de vez, o que, segundo a categoria que fez o protesto, fica inviável de ir pra uma sala de aula, pois a merenda escolar foi prejudicada, os banheiros ficam impróprios para uso, de tanta sujeira e assim vai desencadeando outros problemas até tornar um caos total. Com tal situação, a aprovação de um protesto e até adesão foi quase uma unanimidade entre estudantes, professores e outras categorias.
Na verdade, a falta de coerência está clara, entre o governador dizer que a educação é uma das suas prioridades principais, inclusive visitando as escolas quando vai a um município, por pequeno que seja, com tal atitude tomada, onde vai de encontro a qualquer melhoramento na educação do estado. No caso de Maracás, dois motivos levaram uma unanimidade ao apoio à mobilização. Uma é pela falta de respeito do governo estadual perante os trabalhadores pais de família, que dependem deste emprego para sobrevivência das suas famílias, e o outro é, como foi dito, pela situação que ficaram esses dois colégios, onde não tem como estudantes e professores continuarem desenvolvendo bem os seus deveres. “Resolvemos fazer essa manifestação para chamar a atenção da sociedade e a imprensa que certamente não sabem de tal situação nas escolas citadas. Precisamos de apoio e a compreensão de todos, caso causamos alguns transtornos, pois o que queremos é condições de estudarmos com dignidade e também que os professores possam ensinar com dignidade”, desabafou uma estudante, acrescentando ainda que o movimento só vai parar quando soluções forem tomadas.
Paulo Brito, Diretor de Comunicação do Sindicato dos Vigilantes, disse que o governo alega e justifica tal catástrofe, aos ajustes nas contas do governo, mas esquece de que não pode prejudicar de tal forma uma instituição, que é o ensino nos colégios, ainda mais demitindo pais de família. Essa atitude é colocar o carro na contramão de uma educação se quer neutra. Outro fator que traz preocupação, é o perigo de arrobamento nas escolas, como já aconteceu.
O jornal e blog Café com Leite estão atentos às movimentações, sempre apoiando o que trouxer melhores condições de ensino e aprendizado e, consequentemente, uma educação que realmente mereça elogios.
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